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envelope

Seja f:[a,b]R uma função. Então definimos envelopes superior e inferior de f. De fato definimos dois operadores que uma transforma cada função em uma função semi-contínua superior e outra que transforma em semi-contínua inferior.

Seja f uma função qualquer e definimos envelope superior S(f)(x)=infδ>0sup|xy|<δf(y).

Seja f uma função qualquer e definimos envelope inferior I(f)(x)=supδ>0inf|xy|<δf(y).

É um bom exercício, mostrar que se f é limitada então o envelope superior (respectivamente inferior) é uma função semi-contínua superior (respectivamente inferior). Além disso, f é semi-contínua superior (inferior) se coincide com seu envelope superior (inferior). em particular f é contínua se somente se as envelopes coincidem.

As funções envelope sempre são Lebesgue mensuráveis, pois são semi-contínuas. Lembrem que para uma função semi-contínua superior, por definição f1(,λ) é um conjunto aberto para qualquer λR.

Agora a relação mágica entre Riemann e Lebesgue:

Seja f:[a,b]R uma função limitada. Então R.¯bafdx=[a,b]S(f)dx.

Na equaçõa acima, R.¯bafdx representa integral de Riemann superior da f, entquanto outro lado da igualdade é a integral de Lebesgue de seu envelope superior.

De uma forma similar R.ba_fdx=[a,b]I(f)dx.

Assim, fica claro que as integrais superior e inferior de Riemann são integral de Lebesgue de envelopes da função. Portanto é fácil ver que a integral de Riemann existe e é igual a integral de Lebesgue se somente se os pontos de continuidade tem medida de Lebesgue nula.

envelope.txt · Last modified: 2023/06/23 11:23 by 127.0.0.1