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|---|---|---|---|
| Line 1: | Line 1: | ||
| - | Suponhamos $ f: S \subset \mathbb{R}^n \rightarrow \mathbb{R}$ e objetivo é achar máximo ou mínimo absoluto | + | ====== Extremos absolutos |
| - | Como já discutimos, se o ponto máximo ou mínimo estiver | + | Vimos que podemos localizar e identificar os tipos dos extremos locais de uma função em pontos |
| + | |||
| + | **Definição: | ||
| + | |||
| + | Temos que: | ||
| + | |||
| + | $(a,b)$ é um <color # | ||
| + | |||
| + | $(a,b)$ é um <color # | ||
| + | |||
| + | $(a,b)$ é um <color # | ||
| + | |||
| + | **Teorema (Weierstrass): | ||
| + | |||
| + | $ | ||
| + | f(p_1)\leq f(x) \leq f(p_2) | ||
| + | $ | ||
| + | |||
| + | para todo $x$ em $D$. | ||
| + | |||
| + | Dada $f$ uma função contínua em uma região compacta $D$ de $\mathbb{R}^2$, | ||
| + | |||
| + | Suponhamos que $f$ e suas derivadas parciais de primeira e segunda ordem existem e são contínuas no interior de $D$ e na fronteira de $D$. | ||
| + | Para acharmos os extremos absolutos de $f$ em $D$: | ||
| + | |||
| + | **1)** Listamos os pontos interiores de $D$ onde $f$ tem máximos ou mínimos locais | ||
| + | |||
| + | **2)** Listamos | ||
| + | |||
| + | **3)** Comparamos todos e achamos os valores | ||
| Observação: | Observação: | ||
| Line 9: | Line 38: | ||
| * Se $ S $ não for limitado ou não contem alguns de seus pontos de fronteira, é possível que $ f $ não tenha máximo ou mínimo global. Nestes casos, precisamos analisar o comportamento da função quando $ \|x\| \rightarrow \infty$ ou quando $ x $ converge a fronteira do conjunto $ S. $ | * Se $ S $ não for limitado ou não contem alguns de seus pontos de fronteira, é possível que $ f $ não tenha máximo ou mínimo global. Nestes casos, precisamos analisar o comportamento da função quando $ \|x\| \rightarrow \infty$ ou quando $ x $ converge a fronteira do conjunto $ S. $ | ||
| - | <color # | + | <color #ed1c24>**Exemplos:**</ |
| - | Ache o máximo/ | + | Ache o máximo/ |
| - | A região dada é disco fechado de raio um que é fechada e limitada. | + | A região dada é disco fechado de raio um que é fechada e limitada. |
| $ \nabla f(x, y) = (2x+1, 2y) = (0, 0) $ e portanto $ (x, y)= (-\frac{1}{2}, | $ \nabla f(x, y) = (2x+1, 2y) = (0, 0) $ e portanto $ (x, y)= (-\frac{1}{2}, | ||
| - | Agora anlisamos | + | Agora analisamos |
| - | <color # | + | Ache o máximo e mínimo da função $ f(x, y )= \frac{|xy|}{x^2+y^2+1}$ em $ \mathbb{R}^2. $ |
| A existência de valor absoluto mostra que provavelmente a função não é diferenciável quando $ xy=0. $ Porém neste conjunto (união de duas retas) o valor da função é zero e certamente mínimo. | A existência de valor absoluto mostra que provavelmente a função não é diferenciável quando $ xy=0. $ Porém neste conjunto (união de duas retas) o valor da função é zero e certamente mínimo. | ||
| Line 25: | Line 54: | ||
| Então vamos analisar apenas quando $ x> 0, y>0 $ (por simetria). | Então vamos analisar apenas quando $ x> 0, y>0 $ (por simetria). | ||
| - | $ \nabla f(x, | + | $ \nabla f(x,y)=\left(\frac{y(y^2 +1 - x^2)}{(x^2+y^2+1)^2}, |
| - | Verifique que não existe nenhum ponto crítico em $ x > 0, y > 0 $ pois as curvas $ x^1+1=y^2, y^2+1=x^2 $ não se cruzam. | + | Verifique que não existe nenhum ponto crítico em $ x > 0, y > 0 $ pois as curvas $ x^2+1=y^2, y^2+1=x^2 $ não se cruzam. |
| - | Observe também que $ \frac{|xy|}{x^2+y^2+1} < \frac{1}{2} $ e o limite ao longo da reta $ y=x $ uando $ x\rightarrow \infty $ é $ \frac{1}{2} $ e portanto não temos máximo. | + | Observe também que $ \frac{|xy|}{x^2+y^2+1} < \frac{1}{2} $ e o limite ao longo da reta $ y=x $ quando |
| - | Em geral parece difícil achar máximo/ | + | <color #22b14c>Em geral parece difícil achar máximo/ |
| ====== Método de Lagrange ====== | ====== Método de Lagrange ====== | ||
| Line 39: | Line 68: | ||
| $ M = \{x \in U | g(x)=c\}. $ | $ M = \{x \in U | g(x)=c\}. $ | ||
| - | Queremos achar máximo de uma função $ f: U \rightarrow \mathbb{R} $ restrita ao conjunto $ M. $ | + | Queremos achar o máximo de uma função $ f: U \rightarrow \mathbb{R} $ restrita ao conjunto $ M. $ |
| - | Seuponhamos | + | Suponhamos |
| $ \nabla f(a) = \lambda \nabla g(a). $ | $ \nabla f(a) = \lambda \nabla g(a). $ | ||
| - | De fato $ \nabla g(a) \neq 0 $ implica que $ M $ tem vetor normal no ponto $ a $ e existe um plano tangente a $ M. $ Seja $ v $ um vetor no plano tangente e $ \gamma: I \rightarrow \mathbb{R}^n $ tal que | + | De fato, $ \nabla g(a) \neq 0 $ implica que $ M $ tem vetor normal no ponto $ a $ e existe um plano tangente a $ M. $ Seja $ v $ um vetor no plano tangente e $ \gamma: I \rightarrow \mathbb{R}^n $ tal que |
| - | $ \gamma (0)=a, \gamma^{' | + | $ \gamma (0)=a, \gamma^{' |
| - | Pela regra da cadeia: | + | Pela **regra da cadeia**: |
| - | $ 0 = \nabla f(\gamma(0)) | + | $ 0 = \nabla f(\gamma(0)) |
| - | Portanto o vetor gradiente $ \nabla f (a) $ é ortogonal a $ M $ e lembre que $ \nabla g (a) $ também é ortognal | + | Portanto o vetor gradiente $ \nabla f (a) $ é ortogonal a $ M $ e lembre que $ \nabla g (a) $ também é ortogonal |
| $ \nabla f (a) = \lambda \nabla g (a). $ | $ \nabla f (a) = \lambda \nabla g (a). $ | ||
| - | Teorema: Seja $ a $ um ponto max/ | + | **Teorema:** Seja $ a $ um ponto de máximo ou mínimo |
| - | **Duas | + | <color #ff7f27>**Duas |
| - | Para achar máximo/ | + | Para achar máximo/ |
| - | Aha, deve ser a sombra do gradiente $ \nabla f (a) $ no mundo deles! Portanto a projeção de $ \nabla f(a) $ sobre $ M $ no ponto $ a $ deve ser zero que isto implica ortogonalidade a $ M $ e também paralelismo de $ \nabla f (a) $ e $ \nabla g (a).$ | + | Aha, deve ser a sombra do gradiente $ \nabla f (a) $ no mundo deles! Portanto a projeção de $ \nabla f(a) $ sobre $ M $ no ponto $ a $ deve ser zero e isto implica ortogonalidade a $ M $ e também paralelismo de $ \nabla f (a) $ e $ \nabla g (a).$ |
| - | Agora vamos abordar de outra forma, usando um exemplo explícito: | + | Agora vamos abordar de outra forma, usando um exemplo explícito: |
| - | Imagine um balão | + | Considere a superfície dada por $ M:=\{g=c\} $ e $ p=(p_1, \cdots, p_n) $ um ponto fora do conjunto $ M. $ Ache os pontos no conjunto $ M $ que minimizam (ou pelo menos localmente minimizam) a distância até o ponto $ p. $ |
| + | |||
| + | Imagine um balão | ||
| $ f(x)= \|x-p\|^2 = \sum_{i=1}^{n} |x_i-p_i|^2 $ e | $ f(x)= \|x-p\|^2 = \sum_{i=1}^{n} |x_i-p_i|^2 $ e | ||
| Line 75: | Line 106: | ||
| e isto verifica o resultado de Lagrange para este caso especial da função distância. | e isto verifica o resultado de Lagrange para este caso especial da função distância. | ||
| - | Exercícios: | + | <color # |
| - | Curva de Whatsapp | + | **Curva de Whatsapp** |
| $ f(x, y) = y^2 -x^3 -x^2 -x$. Usando multiplicadores de Lagrange achamos os pontos no círculo $ x^2+y^2=1$ que maximizam/ | $ f(x, y) = y^2 -x^3 -x^2 -x$. Usando multiplicadores de Lagrange achamos os pontos no círculo $ x^2+y^2=1$ que maximizam/ | ||
| - | <color # | + | <color # |
| - | Entropia | + | **Entropia** |
| A entropia de um vetor de probabilidade $ P=(p_1, \cdots, p_n), \sum_{i=1}^{n} p_i=1 $ é dada por | A entropia de um vetor de probabilidade $ P=(p_1, \cdots, p_n), \sum_{i=1}^{n} p_i=1 $ é dada por | ||
| Line 91: | Line 122: | ||
| Mostre que a entropia é máxima quando $ p_i= \frac{1}{n} $ e o valor máximo da entropia é $ ln(n). $ | Mostre que a entropia é máxima quando $ p_i= \frac{1}{n} $ e o valor máximo da entropia é $ ln(n). $ | ||
| - | Exemplo: Queremos construir caixa retangular sem tampa com área total 12. Quais devem ser as dimensões para que o volume seja máximo? | + | <color #ed1c24>Exemplo:</ |
| - | $ A= xy + 2xz + 2yz =12$ é a área da caixa sem tampa. Queremos maximizar $ V(x, y,z)=xyz $. | + | $ A= xy + 2xz + 2yz =12$ é a área da caixa sem tampa. Queremos maximizar $ V(x, |
| **Mais de um vínculo** | **Mais de um vínculo** | ||
| - | Agora vamos considerar mais de uma restrição, | + | Agora vamos considerar mais de uma restrição, |
| Vamos enunciar com 2 restrições: | Vamos enunciar com 2 restrições: | ||
| - | Teorema: Seja $ (x_0, y_0, z_0) $ um ponto extremo de $ f $ uma função $ C^1 $ sujeito | + | **Teorema:** Seja $ (x_0, y_0, z_0) $ um ponto extremo de $ f $ que é uma função $ C^1 $ sujeita às restrições |
| $ \nabla f (x_0, y_0, z_0) = \lambda \nabla g (x_0, y_0, z_0) + \mu \nabla h (x_0, y_0, z_0). $ | $ \nabla f (x_0, y_0, z_0) = \lambda \nabla g (x_0, y_0, z_0) + \mu \nabla h (x_0, y_0, z_0). $ | ||
| Line 113: | Line 144: | ||
| $ \nabla f (x, y) =(1, 0) $ e portanto não existe $ \lambda \in \mathbb{R} $ tal que $ \nabla f (0, 0) = \lambda \nabla g (0, 0). $ | $ \nabla f (x, y) =(1, 0) $ e portanto não existe $ \lambda \in \mathbb{R} $ tal que $ \nabla f (0, 0) = \lambda \nabla g (0, 0). $ | ||
| - | <color # | + | <color # |
| + | |||
| + | $ g(x, y, z) = x^6 - z =0, h(x, y, z) = y^3 - z=0. $ Observe que a interseção destes dois conjuntos de nível é uma curva com a seguinte parametrização: | ||
| - | $ | + | $ |
| - | $ S: x \rightarrow | + | Agora considere $ f: \mathbb{R}^3 \rightarrow \mathbb{R}, f(x, y, z) =y. $ Observe que o ponto $ (0, 0, 0) $ é mínimo e vamos verificar se satisfaz |
| $ \nabla f (0, 0, 0) = (0, 1, 0), \nabla g(0, 0 ,0)= (0,0,-1) = \nabla h(0,0,0) $ e portanto $ \lambda \nabla g + \mu \nabla h(0, 0, 0) = (0, | $ \nabla f (0, 0, 0) = (0, 1, 0), \nabla g(0, 0 ,0)= (0,0,-1) = \nabla h(0,0,0) $ e portanto $ \lambda \nabla g + \mu \nabla h(0, 0, 0) = (0, | ||
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