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| Como quase toda matemática, queremos classificar objetos e de preferência achar objetos "primos" e descrever outros em termos destes objetos. O exemplo primordial é decomposição por números primos. | Como quase toda matemática, queremos classificar objetos e de preferência achar objetos "primos" e descrever outros em termos destes objetos. O exemplo primordial é decomposição por números primos. |
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| O mais simples exemplo sofisticado ($S^3)$ : | ====== O mais simples exemplo sofisticado ($S^3)$ ====== |
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| A esfera $3-$dimensional $\{(x, y, z, w) \in \mathbb{R}^4 : x^2 + y^2 + z^2 +w^2 =1 \} $ ou $ \{ (z_1,z_2) \in \mathbb{C} \times \mathbb{C} : |z_1|^1 +|z_2|^2 =1\}$ é um "grande exemplo" de $3-$variedades. /sabemos que a esfera é simplesmente conexa. Além disto toda esfera $S^2$ suave dentro de $S^3$ é bordo de uma bola $3-$dimensional.Observamos que interior de uma esfera mergulhado suavemente dentro da $S^3$ é bola e o exterior é simplemente conexa. Porém, se o mergulho não for suave e apenas topológico (caso de [[https://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_horned_sphere|esfera chifruda (super antenada) de Alexaner]]) tem exterior não simplemente conexa. | A esfera $3-$dimensional $\{(x, y, z, w) \in \mathbb{R}^4 : x^2 + y^2 + z^2 +w^2 =1 \} $ ou $ \{ (z_1,z_2) \in \mathbb{C} \times \mathbb{C} : |z_1|^1 +|z_2|^2 =1\}$ é um "grande exemplo" de $3-$variedades. /sabemos que a esfera é simplesmente conexa. Além disto toda esfera $S^2$ suave dentro de $S^3$ é bordo de uma bola $3-$dimensional.Observamos que interior de uma esfera mergulhado suavemente dentro da $S^3$ é bola e o exterior é simplemente conexa. Porém, se o mergulho não for suave e apenas topológico (caso de [[https://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_horned_sphere|esfera chifruda (super antenada) de Alexaner]]) tem exterior não simplemente conexa. |
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| Outra forma bem mais elegante é colar meridianos de toro fronteira de toro sólido as longitudes de toro fronteira de outro toro solido e vice versa e enxergar $S^3$ com sua fibração de Hopf. | Outra forma bem mais elegante é colar meridianos de toro fronteira de toro sólido as longitudes de toro fronteira de outro toro solido e vice versa e enxergar $S^3$ com sua fibração de Hopf. |
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| Resumidamente, folheamos o semi-plano $\{(x, y, z): x=0, y > 0\} \subset \mathbb{R}^3$ por uma família de círculos encaixados que convergem a reta $x=0, y=0$ e degeneram num ponto (círculo de raio zero). Considerem as superfícies de revolução dos círculos girando em torno de eixo $z$. Assim obteremos uma família de toros e um círculo (toro degenerado). Agora observem que $S^3$ pode ser obtida através de compactificação por um ponto de $\mathbb{R}^3$. Se acrescentamos um ponto infinito o eixo $z$ vira um círculo (que está entrelaçado com o círculo degeneraod anteriormente mencionado). Com um pouco de imaginação (e olhando para figura abaixo) podemos enxergar o $S^3$ como colagem de dois toros sólidos (um "horizontal" outro "vertical") ao longo de um toro (uma daquelas superfícoes de revolução). | Resumidamente, folheamos o semi-plano $\{(x, y, z): x=0, y > 0\} \subset \mathbb{R}^3$ por uma família de círculos encaixados que convergem a reta $x=0, y=0$ e degeneram num ponto (círculo de raio zero). Considerem as superfícies de revolução dos círculos girando em torno de eixo $z$. Assim obteremos uma família de toros e um círculo (toro degenerado). Agora observem que $S^3$ pode ser obtida através de compactificação por um ponto de $\mathbb{R}^3$. Se acrescentamos um ponto infinito o eixo $z$ vira um círculo (que está entrelaçado com o círculo degeneraod anteriormente mencionado). Com um pouco de imaginação (e olhando para figura abaixo) podemos enxergar o $S^3$ como colagem de dois toros sólidos (um "horizontal" outro "vertical") ao longo de um toro (uma daquelas superfícoes de revolução). |
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| Exemplo ($\mathbb{T}^3$) : Este exemplo é mais simples e é obtido por $\mathbb{R}^3 / \mathbb{Z}^3$. | A esfera $S^3$ tem mais uma propriedade a revelar: ela é um grupo de Lie também: quatérnios de norma um. |
| | Entretanto a esfera não admite difeomorfismos parcialmente hiperbólicos.... |
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| | ====== Exemplo ($\mathbb{T}^3$, nil-variedade, Seifert) ====== |
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| | Este exemplo é mais simples e é obtido por $\mathbb{R}^3 / \mathbb{Z}^3$. |
| Outra forma de falar é considerar um cubo e identificar os lados opostos por <color #ed1c24>translação</color>. Importante ressaltar que a translação é uma isometria na geometria euclideana. Precisamos observar que estamos quocientando por ação de isometrias de uma geometria. Essa ideia vai nos acompanhar no conhecimento de zoologico de $3-$variedades. | Outra forma de falar é considerar um cubo e identificar os lados opostos por <color #ed1c24>translação</color>. Importante ressaltar que a translação é uma isometria na geometria euclideana. Precisamos observar que estamos quocientando por ação de isometrias de uma geometria. Essa ideia vai nos acompanhar no conhecimento de zoologico de $3-$variedades. |
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| | O toro $\mathbb{T}^3$ é um grupo de Lie abeliano e portanto essa variedade também natureza algébrica e difeomorfismos parcialmente hiperbólicos conhecidos são "algebricos". |
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| | Em dimensão três além de $\mathbb{T}^3$ existe outro (único) grupo de Lie compacto nilpotente: Grupo de Heisenberg, que não é abeliano. Este grupo de Lie consiste em matrizes $3\times 3$: |
| | $$ |
| | \begin{pmatrix} |
| | 1 & x & x\\ |
| | 0 & 1 & y\\ |
| | 0 & 0 & 1 |
| | \end{pmatrix} |
| | $$ |
| | tais que $x, y, z \in \mathbb{R}$ com produto usual de matrices. |
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| | Vamos apresentar agora um modelo geométrico de nil-variedade: Quocientamos o grupo definida acima por lattice d ematrices com entradas inteiras. (compare com caso de toro $3-$dimensional porém não misturem) |
| | Novamente um domínio fundamental é o cúbo unitário. |
| | $$ |
| | \{(x, y, z) \in \mathcal{H} : 0 \leq x, y, z \leq 1\}. |
| | $$ |
| | |
| | Agora vamos identificar faces opostos com algumas transformações específicas: Usando a multiplicação do grupo |
| | $$ |
| | (1,0,0) . (x,y,z)= (x+1, y , y+z) |
| | $$ |
| | vamos identificar os lados esquerdos e direito de seguinte forma: |
| | $$ |
| | (0, y, z) \sim (1, y, z+y). |
| | $$ |
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| | (figura abaixo foi retirado do artigo de Potrie-Hammerlindl: Pointwise partial hyperbolicity in 3-dimensional nilmanifolds) |
| | {{ :ebsd2021:a-nilmanifold-can-be-constructed-from-a-cube-by-identifying-left-and-right-faces-in-a.png?200 |}} |
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| | Enquanto o grupo fundamental de $\mathbb{T}^3$ é abeliano, o grupo fundamental de nilvariedade introduzida acima nõa é abeliano, porém é nilpotente. Uma propriedade em comum entre estes dois grupos é que ambos tem [[https://en.wikipedia.org/wiki/Growth_rate_(group_theory)|crescimento polinomial.]] |
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| | Existe uma outra forma de indentificar os lados opostos de cubo e obter uma variedade diferente. Em vez de usar translação, vamos considerar uma translação e depois rotação de $\frac{\pi}{2}$ para identificar a face de cima e baixo e identificamos outras faces com translação usaual para obter toro. Assim obteremos uma variedade de Seifert com uma folha singular que corresponde o centro do quadrado que é fixo pela rotação. Mais esfecificamente considere $\{(x, y, z) \in \mathbb{R}^3 : 0 \leq |x|, |y|, |z| \leq 1\}$ e vamos identificar $(x, y, 0) \sim (-y, x, 1)$ e duas identificações $(0, y, z) \sim (1, y, z)$ e $(x, 0, z) \sim (x, 1, z).$ |
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| | Fibraçõa de Seifert: No exemplo acima, temos uma folheação por círculos "verticais" que <color #ed1c24>não é uma fibração</color>, justamente por causa de uma fibra (Fibra singular de Seifert) que corresponde ao ponto fixo da rotação no plano $xy$: A fibra $\{(0, 0, t), t \in [0, 1]\}$ com a identificação $(0, 0, 0) \sim (0, 0, 1)$ representa um círculo que está encurralado por círculos topológicos que dão quatro voltas em torno dele: rotação de ângulo $\pi/2$ tem período $4.$ |
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| | Uma coisa em comum entre as três variedades acima é que todas as tries tem uma folheação por círculos. |
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| | ===== "Decomposição primária" ===== |
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| Soma conexa de variedades: Dadas duas variedades $n$-dimensional $M_1, M_2$, retirando uma bola $n-$dimensional de cada uma e "colando" ao longo da fronteiras (esfera $S^{n-1}$) obtemos $M_1 \# M_2$. | Soma conexa de variedades: Dadas duas variedades $n$-dimensional $M_1, M_2$, retirando uma bola $n-$dimensional de cada uma e "colando" ao longo da fronteiras (esfera $S^{n-1}$) obtemos $M_1 \# M_2$. |
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| | ~~DISCUSSION~~ |
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