Função de Weierstrass: Vamos apresentar um exemplo de uma função que é contínua, porém não é diferenciável em nenhum ponto. A função desejada vai ser definida por uma serie convergente uniformemente (usando teste M de Weierstrass) e será contínua por ser limite uniforme de funções contínuas. Porém não tem derivada em nenhum ponto. Este detalhe de não ter derivada em nenhum ponto é delicado e precisa de uma demonstração minuciosa que apresentamos no video de uma forma sucinta e intuitiva.

Sabia que a “maioria” de funções contínuas são “patológicas” como função de Weierstrass?

Portanto é hora de rever o uso da palavra patológica!

Definição: Seja $R \subset C^0([a, b])$ um subconjunto de espaço de funções contínuas munido com métrica vindo da norma supremo. $R$ é chamado residual se $R$ contém uma interseção enumerável de conjuntos abertos e densos.

Essa definição é para qualquer espaço topológico. Porém destacamos o seguinte resultado nos espaços métricos completos:

Teorema de Baire: Todo sub conjunto residual de um espaço métrico completo é um denso

E agora vem um choque de realidade:

(Banach-Mazurkiewicz) Existe um subconjunto residual $\mathcal{W} \subset C^0([a,b])$ tal que todo $f \in \mathcal{W}$ não é diferenciável em nenhum ponto de $[a, b].$

Para provar, suponhamos $a=0, b=1$, definimos $$E_n := \{ f \in C^0([0, 1]) : \exists x \in [0, 1-\frac{1}{n}] \quad t.q \quad \forall h \in (0, 1-x) : |\frac{f(x+h)-f(x)}{h}| \leq n\}$$ Passos da prova:

Para demonstrar (B) usamos seguintes passos:

Para demonstrar que $E_n$ é nunca denso utilizamos seguintes passos:

egSXebnTr7Q