Homomorfismo e Isomorfismo
Definição: Homomorfismo
Sejam G=(V,E)G=(V,E) e G′=(V′,E′)G′=(V′,E′) dois grafos. Um mapa φ:V→V′φ:V→V′ é um homomorfismo de GG para G′G′ se ele preserva a adjacência de vértices, isto é, se {φ(x),φ(y)}∈E′{φ(x),φ(y)}∈E′ sempre que {x,y}∈E{x,y}∈E. Em particular, para cada x′x′ na imagem de φφ sua imagem inversa φ−1(x′)φ−1(x′) é um conjunto independente de vértices em GG.
Definição: Isomorfismo
Se φφ é bijetivo e seu inverso φ−1φ−1 também é um homomorfismo (de modo que xy∈E⇔φ(x)φ(y)∈E′xy∈E⇔φ(x)φ(y)∈E′ para todo x,y∈Vx,y∈V), chamamos φφ de isomorfismo, dizemos que GG e G′G′ são isomórficos e escrevemos G≃G′G≃G′. Um isomorfismo de GG para si mesmo é um automorfismo de GG.
Normalmente não distinguimos entre grafos isomórficos. Assim, geralmente escrevemos G=G′G=G′ em vez de G≃G′G≃G′. Se quisermos enfatizar que estamos interessados apenas no tipo de isomorfismo de um determinado grafo, nos referimos informalmente a ele como um grafo abstrato.
Uma classe de grafos que é fechada sob isomorfismo é chamada de propriedade do grafo. Por exemplo, conter um triângulo é uma propriedade do grafo: se GG contém três vértices adjacentes pareados, então todo grafo isomórfico a GG também contém.
Um mapa que usa grafos como argumentos é chamado de invariante de grafo se atribuir valores iguais a grafos isomórficos. O número de vértices e o número de arestas de um grafo são duas invariantes de grafos simples; o maior número de vértices adjacentes aos pares é outro.
Definimos G∪G′:=(V∪V′,E∪E′)G∪G′:=(V∪V′,E∪E′) e G∩G′:=(V∩V′,E∩E′)G∩G′:=(V∩V′,E∩E′). Se G∩G′=∅G∩G′=∅, então GG e G′G′ são disjuntos.
Subgrafos
Um subgrafo de um grafo GG é, em linguagem informal, um “pedaço” de GG. Assim, dado G=(V,A)G=(V,A) um grafo qualquer, um subgrafo de GG é um grafo H=(V′,A′)H=(V′,A′), tal que V′⊂VV′⊂V e A′⊂AA′⊂A, ou seja, todo vértice de HH é vértice de GG e toda aresta de HH é aresta de GG, então HH é um subgrafo de GG. Denotamos, pois, H⊆GH⊆G.
Definição: Subgrafo
Seja tais dois grafos G=(V,A)G=(V,A) e H=(V′,A′)H=(V′,A′). Se V′⊆VV′⊆V e E′⊆EE′⊆E , então G′G′ é dito um subgrafo de GG, escrito como G′⊆GG′⊆G.
Definição: Grafo Induzido
Seja dois grafos G=(V,A)G=(V,A) e G′=(V′,A′)G′=(V′,A′). Se G′⊆GG′⊆G e G′G′ contém todas as arestas xy∈Axy∈A com x,y∈V′x,y∈V′, então G′G′ é um subgrafo induzido de GG; dizemos que V′V′ induz ou gera G′G′ em GG e escrevemos G′=:G[V′]G′=:G[V′].
Assim, se U⊆VU⊆V é qualquer conjunto de vértices, então G[U]G[U] denota o grafo em UU cujas arestas são precisamente as arestas de GG com ambas as extremidades em UU. Se HH é um subgrafo de GG, não necessariamente induzido, abreviamos G[V(H)]G[V(H)] para G[H]G[H].
A figura abaixo exemplifica a diferença entre essas duas subestruturas. Nela, o grafo H′H′ é um subgrafo do grafo GG representado e possui como vértices os elementos do conjunto {0,1,2,3,4}{0,1,2,3,4}. Suas arestas são algumas arestas de GG que possuem dois desses vértices como extremidades. Ainda assim, H′H′ não é um subgrafo induzido de GG, pois a aresta {0,1}{0,1} (presente no grafo GG) não é uma aresta de H′H′. O grafo HH, por outro lado, é o subgrafo de GG induzido por {0,1,2,3,4}{0,1,2,3,4}.
As seguintes observações podem ser feitas:
- Todo grafo é um subgrafo de si próprio;
- Um subgrafo de um subgrafo GG também é um subgrafo de GG;
- Um vértice de um grafo GG é um subgrafo de GG;
- Uma aresta, e os vértices aos quais ela é incidente, de um grafo GG é um subgrafo de GG;
Definição: Subgrafo Gerador
Um subgrafo gerador de um grafo G=(V,A)G=(V,A) é um subgrafo H′=(V′,A′)H′=(V′,A′) de GG tal que V=V′V=V′, ou seja, se se V′V′ gera todo GG.
Definição
Dois subgrafos de um grafo GG, G1G1 e G2G2, são aresta-disjuntos se eles não possuem arestas em comum.
Se G1G1 e G2G2 não possuírem vértices em comum, os dois subgrafos são chamados de vértices-disjuntos.
Referências
- M. Cristina, et al. "Introdução da Grafos" .Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação(ICMC)2010-2013. Acesso em 16/09/2022.
- P. Feofiloff, Y. Kohayakawa, Y. Wakabayashi. "Uma Introdução Sucinta à Teoria dos Grafos" .2011. Acesso em 16/09/2022.
- Reinhard Diestel. “Graph Theory” .5th Electronic Edition 2016, pp. 03-04. Acesso em 16/09/2022.